terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Olá pessoal, quero compartilhar  opinião sobre o Filme “Lincoln”  de Steven Spielberg  escrito por RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA. Nas obras históricas ou nas ficções futuristas, há quase sempre uma mensagem para o presente. Seu Lincoln é por vezes humano e por vezes monumental. O Filme é uma sugestão.
Abraços.
Professora de História
Rose Naben

Uma parcela considerável dos filmes recentes de Steven Spielberg pode ser interpretada como uma série de metáforas sobre a política americana. Seja nas obras históricas ou nas ficções futuristas, há quase sempre uma mensagem para o presente.
Em "Lincoln", a tendência se aprofunda, a metáfora nunca foi tão direta. Estamos em janeiro de 1865, com um país destruído pela guerra civil, radicalmente dividido em torno da questão da escravatura e Abraham Lincoln reeleito para a presidência.
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Mas também estamos em  janeiro de 2013, com o país abalado pela crise econômica, rachado politicamente e Barack Obama empossado para seu segundo mandato.  De distinção mais relevante entre um tempo e outro, há uma inversão de papéis partidários: no passado, os republicanos carregavam a bandeira progressista, a favor da abolição; e os democratas eram, grosso modo, o Tea Party do momento.
Nesse cenário, Lincoln (Daniel Day-Lewis) surge como o único homem capaz de liderar o país para abolir a escravidão e acabar com a guerra. É um recado claro ao presente, mas um recado sóbrio: o cinema de Spielberg nunca foi tão falado e tão pouco espetacular; tão clássico e, em certos momentos, tão solene.
Para tanto, o trabalho de Day-Lewis é essencial. Mas ele é, acima de tudo, um fantasma moral, vagando pela Casa Branca, sussurrando para seus contemporâneos, mas também para um longínquo sucessor: "Obama, faça a coisa certa".
LINCOLN
DIREÇÃO Steven Spielberg
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Centerplex
North Shopping Barretos.

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