Olá pessoal, quero compartilhar opinião sobre o Filme “Lincoln” de Steven Spielberg escrito por RICARDO
CALIL CRÍTICO DA FOLHA. Nas obras
históricas ou nas ficções futuristas, há quase sempre uma mensagem para o
presente. Seu Lincoln é por vezes humano e por vezes
monumental. O Filme é uma sugestão.
Abraços.
Professora de História
Rose Naben
Uma parcela considerável dos filmes recentes de Steven Spielberg pode ser interpretada como uma série de metáforas sobre a política
americana. Seja nas obras históricas ou nas ficções futuristas, há quase sempre
uma mensagem para o presente.
Em
"Lincoln", a tendência se aprofunda, a metáfora nunca foi tão direta.
Estamos em janeiro de 1865, com um país destruído pela guerra civil,
radicalmente dividido em torno da questão da escravatura e Abraham Lincoln
reeleito para a presidência.
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Mas também
estamos em janeiro de 2013, com o país
abalado pela crise econômica, rachado politicamente e Barack Obama empossado
para seu segundo mandato. De distinção
mais relevante entre um tempo e outro, há uma inversão de papéis partidários:
no passado, os republicanos carregavam a bandeira progressista, a favor da
abolição; e os democratas eram, grosso modo, o Tea Party do momento.
Nesse
cenário, Lincoln (Daniel Day-Lewis) surge como o único homem capaz de liderar o
país para abolir a escravidão e acabar com a guerra. É um recado claro ao
presente, mas um recado sóbrio: o cinema de Spielberg nunca foi tão falado e
tão pouco espetacular; tão clássico e, em certos momentos, tão solene.
Para tanto,
o trabalho de Day-Lewis é essencial. Mas ele é, acima de tudo, um fantasma
moral, vagando pela Casa Branca, sussurrando para seus contemporâneos, mas
também para um longínquo sucessor: "Obama, faça a coisa certa".
LINCOLN
DIREÇÃO Steven Spielberg
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Centerplex North Shopping Barretos.
DIREÇÃO Steven Spielberg
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Centerplex North Shopping Barretos.
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